Worldlog Semena 38 – 2015
A problemática cada vez maior dos refugiados dominou na semana passada a conversação na Câmara Baixa. Nunca antes a compaixão e a durabilidade estiveram tão entrelaçadas quanto na solução da questão dos refugiados. Conflitos nos países de origem dos refugiados surgem cada vez mais frequentemente por causa da falta de alimentos que por sua vez é causada por problemas de clima e de água. A OTAN prevê ‘guerras de água’.
Pesquisadores da Columbia University chamam a guerra civil na Síria uma ‘guerra de clima’. Não as pessoas que abandonam seus lares são os ‘caçadores de fortunas’ mas as pessoas que longe dos próprios lares fazem perfurações de petróleo, buscam vagens em países pobres onde há secas e derrubam florestas tropicais para cultivar alimento de gado.
As pessoas que provocam um consumo como se tivéssemos quatro planetas Terra à nossa disposição, é que realmente são os caçadores de fortunas. Para chegar a uma solução é muitíssimo importante que mais pessoas tenham a coragem de encarar as causas subjacentes à questão dos refugiados. O Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e o Ministro das Relações Exteriores da América John Kerry felizmente agora também subscrevem este ponto de vista. Nesta história em quadrinhos a problemática é ilustrada curta e claramente.
Mal se passaram dois meses desde que o dentista americano Walter Palmer matou o amado leão Cecil durante uma viagem de caça no Zimbabue. Este evento causou (com razão!) muito espalhafato. Infelizmente este tipo de viagens de caça no exterior não é excepção. Esta semana apareceu a notícia que uns vinte holandeses e belgas estão fazendo uma ‘viagem de caça única’ na Africa do Sul com o fim de atirar em antílopes, javalis, babuínos e outros animais selvagens. Durante esta batida de caça os animais são acossados na direcção dos caçadores de modo que estes possam atingir os animais facilmente. Infelizmente este tipo de batida de caça é legal na Africa do Sul. Caçadores muitas vezes tentam impressionar com palavras vãs sobre propósitos sociais como justificação da caça. Entretanto este tiroteio revela a essência do objectivo dos caçadores. A sua paixão é obter e matar animais selvagens. Seja na Holanda ou na Africa do Sul.
Já faz tempo que eu luto na Câmara Baixa contra estas assim chamadas viagens de troféus onde holandeses podem, sem perturbações, caçar animais que na maioria são de espécies ameaçadas de extinção. Recentemente a minha moção para uma proibição de importação de troféus de caça foi aceita. Uma boa tentativa, pois pelo menos troféus de caça não podem mais entrar na Holanda!
Boas novas! Uma grande maioria do Parlamento Europeu apoia o apelo de nosso grupo parlamentar europeu para uma proibição de carne de animais clonados. A maior parte dos animais clonados nascem mortos e somente uma percentagem mínima alcança o primeiro ano de vida, geralmente com muitas doenças e anomalias. Clonar – o que ocorre muito nos EU – causa muitíssimo sofrimento nos animais. Ademais prova-se que 77 por cento dos cidadãos europeus não gostam de carne clonada. Os cidadãos não querem, os agricultores não precisam e os animais pagam a conta. Resta chegar a uma proibição total de produtos de animais clonados!
Até a semana que vem!
Marianne
The growing refugee problems dominated the discussion in the Lower House last week. Compassion and sustainability cannot be more closely related than in the solution to the refugee problem. Conflicts in the refugees’ countries of origin are increasingly caused by food shortages resulting from climate and water issues. NATO anticipates “water wars”.
Researchers of Columbia University have called the Syrian civil war a “climate war”. Not the people fleeing from their homes are fortune-seekers, but the people drilling for oil far from home, getting green beans from poor countries that suffer from droughts, and felling rainforests to grow animal feed.
The people ensuring we consume as if we have four earths at our disposal, those are the fortune-seekers. To arrive at a solution, it is incredibly important for more people to dare face the underlying causes of the refugee problem. Fortunately, Jean-Claude Juncker, the President of the European Commission, and John Kerry, the American Minister of Foreign Affairs, now subscribe to this understanding. This comic illustrates the problems short and clear.
It is barely two months ago that American dentist Walter Palmer shot the beloved lion Cecil during a hunting trip in Zimbabwe. The incident caused a lot of uproar (and rightly so!). This type of hunting trip abroad is no exception, unfortunately. News emerged this week that around twenty Dutch and Belgians have gone on a “unique hunting trip” in South Africa to shoot antelopes, warthogs, baboons and other wildlife. During this battue, the animals are driven towards the hunters for easy hits. Unfortunately, this type of battue is legal in South Africa. Hunters often defend themselves with social objectives as a legitimisation of hunting. However, this shooting represents what hunters are essentially after. Their passion is to obtain and kill animals. Whether it be in the Netherlands or in South Africa.
In the Lower House, I have fought for some time against these so-called trophy tours, enabling Dutch hunters to hunt undisturbed for often endangered species abroad. My motion for an import ban on hunting trophies was adopted recently. A step in the right direction, because hunting trophies will no longer be allowed to enter the Netherlands!
Good news! A large majority of the European Parliament supports the call of our European group to ban cloned meat. The vast majority of cloned animals are stillborn and only a very small percentage lives to be one year old, often suffering from many diseases and abnormalities. Cloning – something that happens frequently in the US – causes a lot of animal suffering. Besides, it turns out that 77% of European citizens are not in favour of cloned meat. Citizens do not want it, farmers do not need it and animals are paying the price. Let’s go for a total ban on products from cloned animals!
See you all next week!
Marianne