Propor­cione um futuro sustentável aos trabal­ha­dores e às empresas: Imponha condições aos apoios estatais nos sectores poluidores.


2 Junho 2020

Pelo mundo inteiro empresas sofrem prejuízos como consequência do vírus corona e os governos dispõem de centenas de bilhões para ajudar. O Partido para os Animais holandês é a favor de financiamento para combater a crise económica e manter os empregos, mas se opõe aos subsídios incondicionais dados aos sectores poluidores. "Indemnizações devem ser usadas para proteger as pessoas e a natureza, não pela continuação de empresas que contribuem à mudança do clima, poluição e perda da biodiversidade ou que praticam uma gestão do pessoal prejudicial aos empregados," disse Lammert van Raan, deputado do Partido para os Animais.

Da China até os EU e da Europa até a Austrália os governos dispõem de dinheiro para limitar os prejuízos económicos que resultam do COVID-19. Nomeadamente a aviação e as indústrias de petróleo, de gás e de automóveis pedem e recebem quantidades gigantescas - frequentemente sem que sejam postas condições concretas e nem mesmo condições gerais ao dispêndio. Além dos meios financeiros também estão liberalizando é até mesmo suspendendo as exigências ambientais para ajudar os sectores a 'atravessar a crise'. Desta maneira, empresas como EasyJet, Lufthansa, Air France/KLM, Shell, Gazprom, Total e Renault são mantidas com dinheiro público sem precisar corresponder a específicas exigências sociais ou ambientais, não obstante o apelo urgente das organizações ambientais, de publicistas e ainda por cima do Secretário-geral das Nações Unidas Antonio Guterres.

Conforme o Partido para os Animais isto é inaceitável e uma oportunidade perdida. Van Raan: "Estamos passando por diversas crises ao mesmo tempo; além da crise do corona, também há a crise do clima e a da biodiversidade. A alta urgência em abordar o surto da corona é justa, mas o Partido para os Animais gostaria de ver uma igual consciência de urgência também na abordagem da mudança do clima e da perda da biodiversidade. Isto ameaça ser adiado indefinidamente. Se permitirmos que estas crises se extraviem ainda mais, então os custos - no sentido largo da palavra - poderão ser muitas vezes mais altos do que o apoio financeiro elaborado agora."

Por isto, o Partido para os Animais se opõe fortemente ao adiamento das medidas climáticas e pleiteia um uso inteligente dos recursos financeiros liberados de modo que todas as crises sejam abordadas ao mesmo tempo. "De qualquer maneira, muitas empresas já tinham o encargo de se transformar afim de poder participar na economia futura, onde os limites do planeta não serão mais ultrapassados. Estas empresas terão proveito se usarmos os meios financeiros dos apoios de emergência para acelerar a transição. Mas elas serão prejudicadas se houver uma recuperação do statu quo antigo de poluição, exploração e ampliação. O modelo económico de antes da crise corona foi justamente uma parte do problema pelo qual encaramos agora a crise do clima e da biodiversidade'," disse o Van Raan.

Ajude a reformar a aviação: ofereça nova oportunidade aos empregados.
O Partido para os Animais holandês só apoia o apoio estatal às companhias aéreas como KLM se houver correspondência com condições rigorosas. "Apoio estatal deve acelerar a sustentabilidade dos sectores poluidores para ajudá-los a sobreviver no futuro. Para a aviação, isto significaria uma forte diminuição do número de voos. Só encolhendo é que a aviação poderá operar dentro dos limites do clima, do ambiente de vida e da segurança das pessoas e dos animais."

Além de condições concretas como um budget de CO2 bem definido, conformidade com as normas da Organização Mundial da Saúde com relação à emissão e sonoridade e uma taxa honesta sobre o querosene e as passagens aéreas, o Partido para os Animais também quer uma gestão do pessoal mais social como condição. "KLM não se importa com sua própria equipe e despede milhares de pessoas, o que é exactamente contrário ao teor do pacote de apoio designado a manter empregos durante a crise do corona," disse o Van Raan. "Já que a aviação deve encolher estruturalmente, devemos ajudar activamente as pessoas que trabalham naquele sector a passar para empregos realmente duráveis também no futuro, como nos sectores da saúde e da educação."

Bulbos livres de tóxicos para o mercado mundial e alimentos produzidos sustentávelmente para a região
O Partido para os Animais também quer ligar o apoio estatal de milhões de euros ao sector da cultura ornamental e de batatas a condições de sustentabilidade. "Seria uma oportunidade perdida se a terminação do uso em grande escala de tóxicos não fosse uma condição para apoio destes sectores", formulou Frank Wassenberg deputado do Partido para os Animais. "Na cultura de açucenas, tulipas e batatas - onde quase 90 porcento é comercializado pelo mundo inteiro - usa-se uma quantidade incrível de tóxicos agrícolas. A natureza e as pessoas na vizinhança são deixadas a enfrentar as consequências nocivas."

Além da diminuição drástica do uso de tóxicos agrícolas, o Partido para os Animais também pleiteia uma transição à agricultura circular com inerente inclusão da natureza onde as terras agricultáveis são usadas da maneira mais eficiente possível. Por isto o partido insistiu junto ao ministro a usar o pacote de apoio COVID-19 para ajudar uma grande parte dos agricultores enfocados na exportação de suas culturas ornamentais a mudar para a produção sustentável de alimentos para a própria região.