Europa deve aguardar inici­ativa civil glifosato


27 fevereiro 2017

“Não prolongar a licença para glifosato antes do tratamento da iniciativa civil”

O Partido para os Animais exige da Comissão Europeia não prolongar a licença europeia para o agrotóxico glifosato antes que a oficialmente registrada iniciativa civil europeia ‘Ban Glyphosate‘ tenha sido tratada por completo.
Euro-parlamentária Anja Hazekamp quer garantias da Comissão Europeia para uma séria inclusão da iniciativa na decisão sobre o glifosato.

“Para muitos cidadãos a confiança na UE caiu até zero. Bruxelas não pode se permitir negar iniciativas civis,” disse a euro-parlamentária Anja Hazekamp.

A actual EU-licença para glifosato acaba no início de 2018 e calha com o encerramento da iniciativa civil ‘Ban Glyphosate’, que começou oficialmente no dia 25 de janeiro. Os apresentadores da iniciativa disporão de 12 meses para recolher no mínimo 1 milhão de assinaturas. Caso isto suceda, a Comissão Europeia deve então organizar uma audiência e dar uma resposta motivada ao pedido para proibir glifosato. “Seria desrespeitoso e antidemocrático se na ocasião da audiência a decisão sobre glifosato já tivesse sido tomada.” disse Hazekamp.

Conforme o IARC que é o ramo da Organização Mundial da Saúde especializado na pesquisa sobre câncer, o glifosato é provavelmente cancerígeno. Além disto existem indicações que glifosato atua como disruptor endócrino. Não obstante a Comissão Europeia decidiu em junho de 2016 prolongar a licença para glifosato na UE por dezoito meses. Inicialmente a Comissão queria até prolongar a licença por quinze anos, mas graças ao protesto de diferentes países membro da UE e euro-parlamentários isto foi evitado.

Tanto na Câmara Baixa quanto no Parlamento Europeu o Partido para os Animais objectou à perduração de glifosato no mercado.

Glifosato é um agrotóxico cujo ingrediente principal é Roundup. Roundup é usado por agricultores, governos e pessoas privadas para exterminar ervas daninhas. Por causa do uso maciço muitas pessoas e animais entram em contacto com o veneno. Uma pesquisa feita em 2013 mostrou que 63 por cento de todos os holandeses tinham fracções de glifosato na sua urina.

“No extending of glyphosate license until citizens’ initiative is fully considered”

The Party for the Animals demands that the European Commission does not extend the European license for herbicide glyphosate until the recently officially registered European citizens’ initiative ‘Ban Glyphosate’ has been fully considered. MEP Anja Hazekamp wants the European Commission’s guarantee that the initiative will be taken into serious account with regard to their decision on the glyphosate license.

“Many citizens have lost all faith in the European Union. Brussels cannot afford to ignore citizens’ initiatives,” according to MEP Anja Hazekamp.

The current EU glyphosate license grant will expire at the start of 2018, coinciding with the end date of the citizens’ initiative ‘Ban Glyphosate’, which was officially launched on 25 January. The proposers of the initiative have 12 months to collect one million signatures. If they succeed, the European Commission will be forced to organise a hearing and give a fully reasoned response to the request to ban glyphosate. “It would be disrespectful and undemocratic if a decision on the glyphosate license is already reached at the time of the hearing,” says Hazekamp.

The section of the World Health Organisation that specialises in cancer research, IARC, has classified glyphosate as a probable carcinogen. In addition, there are indications that glyphosate is an endocrine disrupter. Nevertheless, in June 2016 the European Commission decided to extend the EU license for glyphosate by 18 months. Initially, the Commission even planned on extending it for 15 years, but this was avoided due to protests from several EU countries and MEPs.

The Party for the Animals has objected to continued placing on the market of glyphosate in both the Lower House and European Parliament.

Glyphosate is an agricultural toxin, its main ingredient Roundup. Roundup is used by many farmers, governments and individuals as a herbicide, and as a result of this mass use, a lot of people and animals come into contact with the toxin. A 2013 research showed that 63% of the Dutch population had traces of glyphosate in their urine.