Blog da Esther: Team Planet em ação!

O mundo necessita urgentemente de governos que mostrem coragem para fazer as escolhas necessárias para manter a terra habitável, para todos os seus inquilinos. Foi o que escrevi no final de março, após as eleições neerlandesas. Durante essas eleições, o Partido para os Animais cresceu mais uma vez, e não perdemos um minuto para começar a trabalhar. Pedimos ao Ministro da Agricultura cessante que pressionasse pelo fim dos subsídios europeus às touradas na União Europeia, proposta que foi aprovada. No ano passado, o Parlamento Europeu já se manifestou contra os subsídios também à criação de touros para touradas, graças a uma proposta do Partido para os Animais. A crueldade contra os animais deve ser interrompida, não financiada.

Além disso, solicitamos com urgência ao nosso Ministro do Comércio Exterior e Cooperação para o Desenvolvimento que assuma a responsabilidade por conter o desmatamento massivo que está a ocorrer em todo o mundo, reestruturando drasticamente nossas políticas comerciais. A começar com boicotes a produtos que contribuem para o desmatamento. Um relatório recente da Global Forest Watch mostra uma perda gigantesca de cobertura florestal, com os Países Baixos sendo um dos maiores culpados, sendo o maior importador europeu de óleo de palma e soja para forragem. Nossa pecuária necessita de muita soja, causando o corte de florestas em outros países. Em 2018, já denunciamos as políticas comerciais destrutivas dos Países Baixos e da UE em uma conferência mundial de sucesso junto aos nossos partidos irmãos.

Também pedimos ao governo neerlandês regulamentos mais rígidos em relação ao uso de toxinas agrícolas. Pesquisas científicas recentes apontam para uma possível conexão entre o consumo ao de produtos lácteos longo da vida e um risco amplificado da doença de Parkinson. Essa conexão pode ser causada pelos resíduos de pesticidas que as vacas consomem na forragem, que acabam no leite. Inacreditável. É uma das muitas razões pelas quais pedimos veementemente que a UE pare de financiar campanhas de marketing para carnes e laticínios.

Manifestação internacional em Portugal contra as políticas comerciais da União Europeia, contribuindo para a destruição da floresta amazônica no Brasil, entre outras.

Ação internacional
No meu último blog, falei do exemplo mais recente do sofrimento animal durante o transporte de animais. Vacas que eram enviadas da Espanha em navios velhos ficavam amontoadas durante meses, famintas e desidratadas, sem um espaço adequado para descansar. A nossa eurodeputada Anja Hazekamp foi à Espanha para testemunhar pessoalmente os horrores desta pratica e fazer pressão sobre a Comissão Europeia para que esses horríveis transportes sejam abolidos o mais rápido possível.

Este mês, a Nova Zelândia anunciou que está fazendo o que é certo: irá encerrar o transporte de animais vivos pelo mar. Anja enviou agora uma carta urgente à Comissão Europeia, juntamente com os nossos partidos irmãos de todo o mundo, na qual pedem a proibição imediata do transporte de animais para fora da União Europeia. Como disse um veterinário da Nova Zelândia: “É um comércio cuja hora chegou, é um comércio que deveríamos ter acabado há anos.” Então, UE: O que você está esperando?

A UE ainda tem muito trabalho a fazer. Este mês, durante uma audiência oficial, a entidade recebeu um apelo para introduzir a proibição de manter animais em gaiolas. Foi o resultado da bem-sucedida Iniciativa de Cidadãos Europeus End the Cage Age, que foi assinada por 1,4 milhões (!) de cidadãos. Mais de 342 milhões de animais da indústria pecuária na Europa passam a vida em jaulas horríveis. Os cidadãos da UE já reconheceram que isto é uma vergonha, agora a Comissão Europeia tem de se dar conta da mesma coisa. Para nós, eles não podem ignorar esse apelo de nossos habitantes.

Enquanto isso, várias de nossas partidos irmãos obtiveram sucesso recentemente. O partido Australiano da Justiça Animal (Animal Justice Party) garantiu punições mais severas para os abusadores de animais no estado de New South Wales (NSW). Eles também encerraram os programas de criação de golfinhos, baleias e botos usados para entretenimento. Um exemplo incrível para o resto do mundo! Nosso partido irmão português, o PAN - Pessoas-Animais-Natureza, teve uma vitória histórica, quando seu projeto de lei para proibir atirar em pássaros vivos para fins esportivos foi aprovado no parlamento português. Por fim, o nosso partido cipriota, o Animal Party Cyprus, garantiu a criação de uma unidade especial de polícia para tratar dos casos de abuso de animais.

Esther junto aos membros do Animal Welfare Party (Partido do Bem-Estar Animal) do Reino Unido.

Esses exemplos mostram como é importante que o nosso movimento político internacional esteja crescendo. Deve ser um ano empolgante também nesse aspecto, pois muitas eleições estão para acontecer. Em junho, nosso partido irmão finlandês participará das eleições locais e, no final deste ano, haverá eleições para nossos partidos irmãos na Alemanha, Austrália e Canadá. Mas primeiro, no início de maio, haverá eleições locais em Madrid (Espanha) e no Reino Unido. Na Espanha estará presente nosso partido irmão PACMA, que vem conquistando cada vez mais votos a cada eleição. Madrid também precisa de uma festa como a PACMA, como evidenciado por uma recente decisão da cidade de matar todos os periquitos.

No Reino Unido, nosso partido irmão Animal Welfare Party participará das eleições regionais em Londres e nas eleições nacionais da Escócia. Antes do início da pandemia COVID-19, pude visitar as duas incríveis líderes do partido, Vanessa Hudson e Jane Smith. Pessoas generosas e motivadas que priorizam, por direito, cuidar de humanos, animais e nosso planeta acima de tudo. Como todos devemos.

Desejo boa sorte à todos os nossss partidos-irmãos! Vocês são indispensáveis.

Até a próxima vez!

Esther Ouwehand
Líder do Partido para os Animais neerlandês