Worldlog Semena 6 – 2014


3 Fevereiro 2014

Finalmente os transportes de animais vão ser controlados novamente pelas autoridades públicas. Já em 2011 eu apresentei uma moção sobre isso que foi apoiada por uma maioria, mas tivemos que esperar até 2014 para a Secretaria de Estado também compreender que as coisas não podem continuar do mesmo jeito. A Secretária de Estado Dijksma de Assuntos Económicos finalmente deixou saber na semana passada que ela não mais aprova o sistema de supervisão e controle do sector de transporte de animais e que ela vai retomar a responsabilidade em suas próprias mãos.

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Cada ano milhões de animais em caminhões atravessam a fronteira. Os transportes regularmente causam graves sofrimentos aos animais. Geralmente os animais ficam em pé por mais de oito horas em vagões superlotados sem comida ou água. Regulamentos que deveriam proteger os animais são mal cumpridos e nos últimos anos houve um corte drástico na supervisão das autoridades públicas. Portanto fica comprovado que a auto-regulação no sector de transportes de animais não funciona. A câmara foi clara: as autoridades existem para estabelecer normas e efectuar o controle e a manutenção e é exactamente isso o que as autoridades devem fazer. O controle da velocidade também não se entrega aos próprios automobilistas. Ficamos felizes com o retorno da supervisão às autoridades públicas e vamos continuar nos empenhando para parar com o arrasto dos animais.

A minha colega Esther Ouwehand na semana passada se esforçou ao máximo para revogar a introdução de uma nova planta OGM na União Europeia. A Comissão Europeia ameaça dar autorização para a cultura do milho 1507 que foi geneticamente modificado por Pioneer. Se isso acontecer todos os estados membro da UE serão obrigados a permitir a cultura dessa planta tão controversa em seus campos.

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Países que não querem correr risco algum com a engenharia genética como a Áustria e a França já andaram fazendo contestações desde algum tempo. A Holanda ainda não deu clareza quanto à sua posição sendo que isso pode ser decisivo para a aprovação dessa cultura em toda a União Europeia. E é por isso mesmo que apelamos ao governo para pôr a liberdade dos cidadãos, agricultores e países membros em primeiro lugar e para votar contra a aprovação de novas plantas geneticamente modificadas.

Nós decididamente rejeitamos modificações na genética e achamos que em todo o caso os diversos países não devem ser obrigados a aceitar a cultura de plantas OGM em suas próprias terras. O milho controverso de Pioneer é uma planta geneticamente modificada que continuamente expele uma matéria venenosa. O veneno que a própria planta produz se destina a eliminar a mariposa broca do milho mas também danifica outras borboletas e mariposas. Ainda por cima esta planta foi feita resistente aos pesticidas que contêm glufosinato. Enquanto que cientistas avisam que fazer plantas resistentes acaba provocando um uso maior de agrotóxicos, Bruxelas está no ponto de admitir uma planta OGM que é resistente contra uma droga que forma grandes riscos para os mamíferos e outros organismos. É justamente por causa dos perigos que se tenta refrear o uso de glufosinato no controle das ervas daninhas. Esperamos que nosso governo também reconheça os perigos envolvidos na aprovação de milho geneticamente modificado e que ela pare isso!

É deprimente ler como as coisas estão indo na Bulgária e na Roménia. Leia aqui o blogue no The Economist sobre a situação nesses dois países.

Também essa semana uma foto de @Fascinatingpics: Freefall!

Até a semana que vem!

Marianne

The control of animal transportation will at last go back into the hands of the government. In 2011, I already laid down a motion on this, which was then also supported by the majority, yet we had to wait until 2014 before the State Secretary finally realised that animal transportation couldn’t go on like this. State Secretary Dijksma of Economic Affairs finally informed us last week that she no longer acknowledges the supervision and control system of the animal transportation industry and that she is taking responsibility into her own hands again.

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Each year, millions of animals are transported across the borders. Those transportations regularly involve animal suffering. Animals often have to stand in overcrowded lorries for more than eight hours without any food or water. Animal protection regulations are seriously violated and drastic cuts were imposed on government control over the past years. Self-regulation within the animal transportation industry is obviously not working. The Lower House was clear: The government must do what it is there to do, namely to set standards, and to control and maintain them. You would not opt for car drivers to perform their own speed checks either. We are glad that the supervision is given back to the government and we will continue to do our best to stop them mucking about with animals.

Last week, my colleague Esther Ouwehand made out a case against the introduction of a new GM crop in the EU. It is feared that the European Commission will permit the growing of the genetically modified maize line 1507 of Pioneer. If that happens, all European Member States will have to allow the growing of the controversial crop on their lands.

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Countries that do not want to run risks with genetically engineered foods like Austria and France have been objecting for a long time. The Netherlands has still not made clear its position on this, while this can be the determining factor in reaching a decision on permitting this crop in the entire EU. We have therefore urged our government to put the choice of civilians, agriculturists and Member States first and foremost, and to vote against permitting such new GM crops.

We resolutely reject genetic modification and feel that no country should be forced to have GM crops grow on their lands. The controversial maize of Pioneer is a genetically modified plant, which releases a poisonous substance. The poison produced by the plant itself is intended to eliminate the corn borer, but is harmful to butterflies and moths at the same time. Additionally, the plant has been made resistant to pesticides containing gluphosinate. While scientists warn that the use of pesticides will increase when crops are made resistant, Brussels is on the verge of accepting a GM crop that is resistant against a pesticide that has great risks for mammals and other organisms. Because of the dangers of gluphosinate, it is tried to restrain the use of this pesticide. Hopefully our government will also see the dangers of allowing genetically modified maize and stop it!

It is depressing to read how Bulgaria and Romania are doing. Read here the blog in the Economist about the situation in those two countries.

And this week again a picture of @Fascinatingpics: Freefall!

Until next week!

Marianne