Partido para os Animais apoiado pelo Parla­mento Europeu para uma protecção melhor das abelhas


29 Outubro 2019

Na semana passada sob liderança do Partido para os Animais o Parlamento Europeu pôs um veto contra a assim chamada directriz para abelhas. Os planos da União Europeia são insuficientes para evitar a extinção das abelhas, borboletas e outras espécies de insectos, acha uma maioria dos representante do povo.

Anja Hazekamp, Euro-deputada do Partido para os Animais.

"Abelhas e outros polinizadores são cruciais para a sobrevivência de inúmeras espécies de insectos e plantas. Além disto, 84 porcento de todas as plantas cultivadas para alimentação na Europa são dependentes de polinizadores como as abelhas. Quando as abelhas desaparecerem porque a UE não toma medidas sérias, as consequências para a natureza e nossa produção de alimentos serão desastrosas," diz a Euro-parlamentária do Partido para os Animais, Anja Hazekamp.

O uso de tóxicos agrícolas é uma causa importante da extinção das abelhas. Por isto, já em 2013 a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) aconselhou verificar na avaliação de tóxicos se estes são perigosos para abelhas ao longo ou curto prazo. Entretanto, sob a pressão de alguns países membro da UE, os conselhos da EFSA ainda não foram convertidos em legislação.

Holanda

A Holanda desempenhou um papel chocante: se bem que a Câmara Baixa Holandesa se exprimiu repetidas vezes a favor da proibição de tóxicos nocivos às abelhas, a Ministra da Agricultura Carola Schouten se empenhou activamente durante anos nos bastidores de Bruxelas pelo enfraquecimento da directriz para abelhas. Ela não informou a Câmara Baixa sobre isto. Em maio, por meio de uma moção de Esther Ouwehand, líder do Partido para os Animais, a Câmara pediu Ministra Schouten acabar a resistência holandesa contra a directriz para abelhas.

Proposta

Este ano, após seis anos, a Comissão Europeia finalmente apresentou uma proposta, enfraquecida também pela Holanda, para uma directriz para abelhas. A proposta menciona que efeitos nocivos às abelhas a curto prazo devem ser tomados em conta na avaliação de segurança, mas os efeitos a longo prazo não são considerados. "Com estas regras fracas, tóxicos que ameaçam a população de abelhas continuarão sendo aprovados. A proposta directriz para abelhas é fraca e insuficiente para salvar as abelhas da extinção," diz a Hazekamp.

Por causa do veto do Parlamento Europeu, a Comissão Europeia deve revogar sua proposta de lei actual. Além disto, o Parlamento Europeu quer uma proposta melhor muito em breve.

Mais um êxito

Protesto contra tóxicos agrícolas.

Na semana passada, países membros da UE também decidiram não prolongar a licença para o tóxico agrícola thiacloprid (um neonicotinóide) que está classificado como 'provavelmente cancerígeno para humanos'.

Uma petição do grupo internacional de consumidores SumOfUs contra o tóxico agrícola foi assinado por 383.000 pessoas. Eles exigiram uma proibição do produto por causa da relação entre câncer, diminuição da fertilidade e prejuízo à população de abelhas.

O Partido para os Animais foi o primeiro partido político que advertiu o perigo dos novos super-venenos na agricultura chamados de neonicotinóides. Já em 2013 o partido ganhou o apoio da maioria na Câmara Baixa Holandesa a favor de sua moção para proibir todos e quaisquer neonicotinóides. Depois ainda demorou anos antes que chegasse uma proibição (parcial) do uso de neonicotinóides, onde thiacloprid ficou fora de alcance.

Após a decisão dos países membro na semana passada, agora também é proibido usar thiacloprid na agricultura.