O Partido para os Animais holandês lidera a resis­tência contra o acordo comercial CETA


12 Novembro 2019

Na semana passada, por iniciativa do Partido para os Animais, houve uma audiência publica na Câmara Baixa onde muitas organizações sociais expressaram sua grande preocupação com CETA, o acordo comercial com o Canadá. Se a Câmara Baixa ou Alta votar contra CETA em dezembro, então o acordo de livre comércio cairá fora da discussão e deverá ser revogado.

"Hoje ficou claro que existe deveras uma larga resistência social contra CETA" disse a líder do PpoA Esther Ouwehand. "Não só o movimento ambiental e os agricultores são contra CETA; também os sindicatos, a Associação de Consumidores, cientistas e juristas têm grandes problemas com o acordo. A política não pode mais ignorar este sinal claríssimo."

CETA é um assim chamado acordo 'largo'. Por causa de CETA os agricultores holandeses cairão numa competição desleal com os agricultores canadenses que produzem sob padrões inferiores. No Canadá, as exigências para o bem-estar animal são mais baixas que na Europa e o uso de tóxicos é muito mais intenso. Este acordo comercial, igual a outros acordos, causará uma corrida às piores condições possíveis, entre outros na agricultura.

Além disto, as multinacionais obterão por meio de CETA uma protecção legal adicional e em obscuros clubezinhos de deliberações, o Canadá e a Comissão Europeia tomarão decisões sobre o ajustamento de regras, sem que o Parlamento Europeu ou parlamentos nacionais possam ainda dizer alguma coisa sobre o assunto. Desta maneira CETA fortalece a posição das multinacionais comparando com os trabalhadores e os cidadãos. Exercer a própria política do clima pela Europa e os diferentes países membros também vai ficar muito mais difícil.

"Nas semanas vindouras nós continuaremos firmemente a oposição contra CETA " disse a Ouwehand, que no meio tempo ganhou o apoio de muitos partidos políticos na resistência contra CETA.

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