Amsterdã lidera o caminho para um futuro baseado em plantas

Amesterdã tornou-se recentemente a primeira cidade da União Europeia a assinar o Tratado de Base Vegetal. Dessa maneira, Amsterdã acompanha cidades como Edimburgo (a primeira capital europeia a assinar o tratado), Los Angeles e Norwich. Além disso, Amesterdã compromete-se, por iniciativa do Partido para os Animais, a aumentar a oferta de alimentos de origem vegetal na cidade.

O Tratado

O Tratado Baseado em Plantas foi elaborado pelo Movimento Salve Animais (tradução livre para Animal Save Movement), uma organização de direitos dos animais que defende um mundo baseado em plantas, além de cumprir as metas do Acordo Climático de Paris, e que defende três princípios fundamentais: não mais alocar novas terras para a agricultura industrial, a aceleração da transição proteica através da promoção de uma dieta baseada em vegetais e a restauração de ecossistemas essenciais. Os governos que assinam o tratado comprometem-se a atribuir menos financiamento à produção de proteínas animais e mais à produção e consumo de proteínas vegetais. Ao todo, vinte e seis cidades assinaram o tratado, juntamente com mais de 1.200 organizações, 1.600 empresas e 139.000 indivíduos.

De acordo com Lea Goodett do Tratado de Base Vegetal dos Países Baixos, numa entrevista ao Plant Based News, Amesterdã está a demonstrar “liderança na ação climática” ao dar este passo. “Hoje em dia, toda grande cidade tem um departamento ou força-tarefa de sustentabilidade. No entanto, o problema é que a maioria dos seus planos não são suficientemente ambiciosos para resolver a crise climática. O Tratado Baseado em Plantas incentiva as cidades a liderarem o caminho para inspirar os seus residentes a mudarem para uma dieta saudável e sustentável à base de plantas”, afirma Goodett.

Lea Goodett falando sobre o Tratado de Base Vegetal na Conferência Mundial de Política Animal em Haia, dezembro de 2023.

Amsterdã mostra o caminho por iniciativa do Partido para os Animais

Uma declaração do Município de Amesterdã explica: “A forma como produzimos, distribuímos, processamos e consumimos alimentos tem um impacto profundo na saúde humana e animal e contribui para a crise climática”.

Ao assinar o tratado, Amesterdã estabeleceu o objetivo de “aumentar a proporção de proteínas vegetais na dieta dos residentes e visitantes da cidade de 40 para 60 por cento até 2030”.

Além de assinar o Tratado Baseado em Plantas, o Conselho Municipal de Amesterdã também adotou uma proposta do Partido para os Animais que visa transformar a cidade em líder mundial no que diz respeito às opções baseadas em plantas. Na prática, isto significa que um menu à base de plantas se tornará o padrão em instituições públicas como museus, hospitais e institutos de ensino. O município também pretende incentivar restaurantes, supermercados e a indústria de eventos a oferecerem mais alimentos vegetais.

“A perspectiva de um sistema alimentar saudável, justo e produzido de forma sustentável em Amesterdã, com a devida consideração pelos residentes com recursos financeiros limitados, está a deixar o Partido para os Animais muito feliz”, disse Judith Krom, membra do conselho do Partido para os Animais.

Assine também!

Você, como indivíduo, também pode assinar o tratado e também, pode enviar diretamente um e-mail aos representantes públicos do seu município solicitando-lhes que endossem o Tratado de Base Vegetal.